Eu fui falar

e ouvi cada palavra ser dita por uma outra voz, exatamente como tinha planejado dizer, fosse como fosse a frase estava completa e certa, entretanto me fez pensar, ou sou muito óbvia, ou o convívio é algo mesmo muito forte. Outro dia vinha andando pelo acostamento, sem muita atenção, olhei para o sol, e como de costume lá estavam os dois sóis no por do sol, a desgraça e a perfeição caminham juntas como sempre. A pulsação estava forte, o fluxo de sangue parecia querer ser jorrado para todos os lados, inspirei e senti-me sufocada, era um sensação boa; Tudo vai dar certo, é só o sol do meio dia avisando, que ainda falta algumas horas pro dia acabar, que coisa esquisita esse tal sol, ouvi dizer que ele ilumina dias, horas, meses, anos, séculos e milênios, que não morre, mas estima por. E nessa vastidão escura completa de vácuo se esconde nos olhos dos humanos que habitam um planeta tão pequeno, e se sentem ingratos, felizes e mortos. ~

Será que

eu tenho pontos bônus pra comprar força de vontade e aguentar a semana inteira? Será que com todo essa cansaço eu vou acordar amanhã? E se não acordar, será que alguém vai reparar? To ficando com fome, sono, saudades, desanimada, depentende, cansada, carente e por ai vai, será que meu colo vai demorar muito?

Estou me

sentindo muito dependente, acordei com vontade de colo, precisava de um e corri pra mamãe de novo, dessa vez e chutou a lara da cama e me agarrou. Será que vou ganhar meu colo? x3 ~

Mentirosos,

eles são bons no que fazem, me enganam certinho até os últimos segundos, ai deixam a máscara cair para que eu caia em sofrimento, como se não bastassem continuam ao meu lado com o intuito de assistir. Deus foi o primeiro a mentir na segunda-feira a noite.

Mas ele engana à todos com sua pose de rei do universo, grande criador. x) ~

O vento que batia

na janela, às seis da manhã, trazia uma certa esperança carregada de melâncolia e, mesmo com todo o desânimo, me fez levantar para mais um dia na semana, parecia repetitivo de novo, era a rotina batendo na minha porta, dizendo que já passou da hora, se entregue mocinha, logo logo essa fuga vira rotina e você perde de novo, já pensou que besteira seria, cair na rotina fugindo da mesma. Ainda assim, respiro todas as vezes com o intuito de continuar viva e esperar pelo amanhã, pra te ver, pra sentir de novo o desprezo de ter que partir e repetir o que fazemos o resto da semana. Outro dia fui buscar inspiração no ânimo de minha mãe, era cedo, tinha um tempo, invadi a cama dela como sempre ela me abraçou, ela tava doente. Super mau humorada e apesar de tudo só pensava em cuidar da Lara. Ela é dedicada, digo à ela que cada músculo do meu corpo dói e ela diz "bem feito". Bem feito, procuro o sarcasmo ou o reconhecimento de ter feito algo?

"Prá onde eu só veja você, você veja a mim só!"

Vou deixar!

Essa porcaria me levar! Queria sentir seu cheiro, só pra ficar com ainda mais saudades, queria que você não pensasse, mas queria que pensasse também, para preencher aquilo que eu não faço. Mas ainda acredito que só deveríamos nos punir depois que a burrada for feita, caminhar ao teu lado, por mais que tenham sido segundos, por mais que não tenha nos levado a lugar nenhum, foi ótimo. Deu uma sensação esquisita, como se de repente, fosse mais claro pra mim, que se eu quisesse, bastavam passos e eu não estaria aqui. Deu uma sensação de sufoco, mas acho que isso é normal.

"Vou esquecer de mim e você se puder não me esqueça!"

Quero respirar aquele ar úmido que a chuva trás, sentir como se tudo fosse novo, e me perder onde nenhum ser humano aguentaria. Acho que eu preciso de um tempo, acho que eu me dou bem em confusões, acho que eu aprendi a lidar com o jeito dos seres humanos, esse jeito tão único e egoísta que constrói um vazio para depois preenchê-lo com hipocrisia. Vamos encarar o horizonte mais uma vez, e esperar pra ver o que acontece.

Acho que me culpo de mais e faço de menos, o quão útil eu fui nos últimos tempos, o quão estúpida tenho sido ao afastar as pessoas, por deixar elas se aproveitarem e mesmo consciente não fazer nada, acho que não ligo mais, ou já nem sinto, isso a gente discute só quando a ferida fechar.

"Vamos fugir?"

Quero ver

o sal entrando em contado com meu sangue e lentamente fazendo osmose, fazendo a pressão subir, a consiência sumir e a vida continuar.

To sem saco pra ir na redação hoje, as dores me prendem nessa casa e sabe que até que gosto da idéia? Agora só falta um magrelo preu agarrar. ~~





todo dia ela faz tudo sempre igual, me sacode às seis horas da manhã
me sorri um sorriso pontual, e me beija com a boa de hortelã!
todo dia ela diz que é 'preu' me cuidar, e essas coisas que diz toda mulher
diz que está me esperando pro jantar, e me beija com a boca de café!
todo dia eu só penso em poder parar, meio dia eu só penso em dizer não
depois penso na vida pra levar, e me calo com a boca de feijão
seis da tarde, como era de se esperar, ela pega e me espera no portão
diz que está muito louca pra beijar e me beija com a boca de paixão
toda noite ela diz preu não me afastar, meia noite ela jura eterno amor
e me aperta 'preu' quase sufocar, e me morde com a boca de pavor!
todo dia ela faz tudo sempre igual, me sacode às seis horas da manhã
me sorri um sorriso pontual, e me beija com a boca de hortelã!

Eles deveriam aprender

que eu tenho bons ouvidos, ou que não sou tão tapada como aparento, eu entendo o que você dizem, sei que atrás de cada palavra tem uma faca escondida, dizendo o que eu faço ou deixo de fazer, e ouvir vocês falando isso, em voz alta, na mesa de almoço, me machucou bastante. Eu também fico mau-humorada poxa, eu explodo e fico hiperativa, mas faz tempo que vocês não me vêm fazendo birra. Me da um tempo vai, eu quero respirar também; não tenho fome, almocem sozinhos seus hipócritas, só espero ouvir novamente, antes de dormir, o "eu te amo" diário, eu também sou uma má pessoa afinal. Eu fodo com a vida de todos também, quem disse que eu era um poço de bondade, foi aquele que mais sofreu no final.

A raiva aprendeu a conviver aqui dentro, só não a cutuquem tanto, ela ainda se magoa, até talvez, mais que os outros. ~

Ele também

era cheio de contradissões, hora amava, hora odiava, às vezes até se magoava nesse mar de egoísmo e cinismo. Acontece, sempre lhe disseram, estava na hora de acreditar, sei que é o momento mais doloroso pra qualquer um de nós. Você continua a me ignorar, sabe que me sinto inútil com isso não é? Parece que falo por um ouvido e sai por outro, mas talvez você esteja certo, esse falatório talvez seja todo para mim com o intuito de lhe encher o saco. Vai dormir, quem sabe amanhã, é um novo dia. ~


"Cada qual em seu canto e em cada canto uma dor"

Tudo está perdido,

mas existem possibilidades. Tinhámos a idéia, mas você mudou os planos. Tinhámos um plano, você mudou de idéia. Já passou, já passou, quem sabe outro dia?

[...]

Ô Raul!

Eu vou pegar minha sulfite e vou cortar seus pulsos! Enquanto eu te bato com uma colher entendeu muleque?! ò___ó'


"We would zig-zag our way
through the boredom and pain
Occasionally glancing up through the rain
Wondering which of the buggers to blame
And watching for pigs on the wing. "

Mentira!

É errado dizer que estou desanimada ou que vou cair em rotina! Sei que nada disso vai acontecer, ou não. E mesmo que aconteça acho que já sou estupida o suficiente pra reanimar. Acho dificil explicar o que sinto em momentos como esses, mas acho que com todo o medo que tenho, não ligaria de ser espetada por agulhas e ser costurada à ele. Mas talvez eu seja só uma idiota apaixonada. :x


tudo tão novo ~


"E do risada do grande amor! Mentira!"

A medida que ela

respirava sentia o rítmo de seu coração mudar. Quando a ansiedade batia, não havia nada ali dentro, mas ao ser lembrada sentia-o explodir de emoção, não havia formas de comunicação, mas mesmo assim era um vibrar que só quem já sentiu sabe do que estou falando. Não havia linhas e agulhas, mesmo com tamanha vontade de jamais se separar; O sol se pôs mais rapido do que imaginavamos, não falo como se não aproveitassimos todo segundo que temos juntos, apenas reclamo que não é tempo suficiente, mais que isso, passa mais rápido. Pior, depois de dois dias juntos a decepção de abrir os olhos e não tiver foi forte. Pena eu não estar ai agora para consolar essa solidão toda.

Os dias me levão a crer que eu cairei na rotina a qualquer instante, que a vontade de fugir vai ser sufocante, que apenas planos não irão saciar meu medo do incerto. Ainda assim, procuro fazer tudo da maneira certo, quem sabe a qualquer instante eu viro o orgulho de alguém, ou decaia a ponto de ser alguém. Ontem o céu parecia uma geleira, entrando em contradição com o calor que eu sentia no momento, foi gostoso ver toda aquela contradição numa paisagem só.

"A vida é uma droga, ai a gente morre e a vida continua sendo uma droga" ~ dead like me x) ~

Por quê, mãe?

- Mãe... Por que a gente chora?
- Porque dói.
- Idaí?
- Idaí que dói e a gente chora.
- Mas quando a gente tá alegre, a gente chora. Alegria dói?
- Não sei Hanna.
- Mãe... Por quê a gente chora?
- Porque dói.
- Mas idaí?
- Idaí que a gente se expressa. Quando você tá triste, você chora?
- Sim.
- Dói?
- Dói.
- Então, quando dói, a gente chora.
- Mas por quê?
- Não sei, deve ser algo humano. Já viu bicho chorando? Cachorros grunim, mas não choram.
- Mas... Por que chorar? Não ajuda em nada, nem racional é. E depois que chora, a dor não passa, alias, dá dor de cabeça.
- Mas, na hora, resolve.
- Mãe, por que dói?
- Porque machuca.
- Idaí?
- Idaí que como ser humano, você tem que preservar seu corpo.
- Hum... E por que choramos?
- Não sei Hanna. Que conversa de louco.
- E se eu quiser rir, ao invés de chorar? Pelo menos não dá dor de cabeça.
- Ai cada sorriso seu seria falso. E quando ficasse feliz, soltaria lágrimas?
- Sei lá, hum.
- Bruno! Por que a gente chora quando dói?
- Porque dói.
- Idaí, pai?
- Não precisa de lógica, dói, a gente chora, depois sorri de novo.
- Idaí?
- Idaí que passa.
- E se não passar, choramos pra sempre?
- Não, a gente para e sorri mesmo assim.
- Hum... Pai, por que a gente chora?

Agora eu também

posso entrar em filmes com censura 16 anos, tá vendo, há útilidades no sweet sixteen. Ou não! ASUHAUSHAUSHAUSHUAHSUAH

To distruída, mas foi um bom fim de semana, Deus, dai-me forças pra essa semana do cão. x3 ~

Matemática e

física são fáceis quando se tem paciência, ou quando se precisa ocupar a cabeça. Outro dia vi pessoas surtando na rua, até semana passada a causa era o vestibular, o que será que tem a ver com a gripe suína? Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa e ponto, misturar as coisas é legal, mas vamos deixar de um jeito que todos entendam, porque até agora não vi a importância disso tudo. o-o

Acho que me acostumei, enfim, depois de meses, com a medicação pra alergia, continua sendo um saco, e a "pouca" dose de corticóide fica raspando a garganta, mas, pelo menos, eu não morro de alergia todos os dias, ou me entupo com anti-alérgico. Mamãe tá surtando de vez com essa coisa de gripe suína, pensando bem, temos motivos pra surtar, talvez eu esteja levando isso numa boa, eu não tenho setocômetro? ._.'

To fazendo as tarefas certinho, será que sou tão desocupada assim? o__o'

Começou a doer

de repente, atacou de forma lenta o que parecia ser a parte mais frágil desse sistema e, de repente, todos surtaram. Um por um, perderam seu juízo e desistiram de suas vidas, como desistiam de ganhar na loteria depois de alguns anos de frustração. O povo é frágil, você não percebe, mas ele desistiu há anos, viram seus heróis sendo mortos e perderam o ânimo, não havia alguém para lhes dar apoio e tudo que sobrou foi a carcaça de uma gente que já não prestava.

As cidades se esvaziaram e apenas os inférteis permaneceram por ali, o lixo da sociadade começou sua própria revolução, onde apenas os loucos fariam parte. Aqueles que eram sãos, criavam juízo no meio dos loucos e decidiam começar uma nova sociedade, eram exilados, tratados como animais e finalmente mortos. A humanidade sempre foi desumana, eles costumavam dizer meses atrás, mas agora apenas fazem o que sempre fizeram. Vivem, trabalham, procriam e morrem. Independente dos olhares alheios, acharam que seriam livres e prederam-se em si mesmos.

A nova regra era seguir suas próprias regras e morrer de uma forma humana e ideal, não vamos deixar que nossas crianças sigam aquela sociedade desumana que um dia aqui reinou, e por fim, tornaram-nas imortais e partiram pra morte.

Os filhos não eram loucos, mas se acostumaram tão fácil quanto seus pais. E faleceram da mesma forma passando o poder para mãos cada vez mais insanas;

O dia hoje

não tava desabando. Acordei assustada, bastou um dia e me acostumei com o fim do mundo. Quase cambaleando me levantei e deixei o desastre de lado, era dia de aula, mais um deles, na semana, que agora, está na metade, o fim de semana parece mais distante, engraçado, porque, conforme os dias passam, eles está mais próximo. Acho que só funciona na teoria afinal.

Erm, me sinto dependente, quero seus abraços. ._.'

Essa noite

foi mau dormida, acordei com a voz grossa e pesada do pai, sabendo que ele deveria ter dormido tanto quanto eu. Abri os olhos e os senti arder, com o corpo inteiro mole me levantei sentindo o frio invadir meus pensamentos. Foi difícil, mas abri a janela.

Lá fora, era o mundo que desabava. Não qualquer mundo, mas aquele que conhecemos, que já nos acostumamos e mesmo assim, não sentimos nada ao vê-lo caminhar para a auto-destruição. Deve ter se cansado e resolveu cair de vez, que sonho engraçado pensei, mas logo me corrigi, não havia nada de surreal naquilo tudo.

O mundo, aquele mundinho só meu, desabava diante dos meus olhos, e tudo que pude fazer foi observar;

Sabe que nem me lembro de acordar e ver o mundo normal?

Eu ainda espero

cair na rotina, esquecer do que importa e desabar no silêncio das madrugadas. Imagino se talvez não seja minha natureza, eu tenho o costume de pegar raiva das coisas, pelo simples fato dela agradar às outras pessoas. Eu dormi três horas, muito bem dormidas por sinal, nem me lembro do que sonhei; Os passos do papai me acordaram, ele veio meio sonambulo, abriu a porta e me lembrou de que tinha aula hoje, foi gostoso ouvir "princesa, acorda, tem aula, não se atrase". Acordei antes que a Lara, novidade, me troquei, e já no ânimo, sai correndo pra roubar o café da mamãe.

Eu não vou me entregar fácil não, vou fazer as coisas um pouco diferente, meu bem, se pensa que vai me passar a perna, vou lhe mostrar o que é uma mulher, com dois irmãos infernais. Hoje as músicas não tão combinando, deve ser porque o aleatório resolveu pegar no meu pé, ouve essa vai, não me deixa em paz, eu não gosto de vocês, fazendo a cabeça das pessoas.

Ah, eu descobri que não sirvo para ter ídolos. Eu não me interesso na vida deles, não por mais de algumas semanas, enjoa tão fácil, e as músicas/filmes/seriados/livros param de me agradar depois de algum tempo.

Tá tocando Vinicius de Moraes, por que me lembra a Maria, alguém me explica?

Minha respiração tá pesada, acho que o sono resolveu bater em minha porta agora, será que eu deveria atender? Deixa quieto, sou birrenta, vou deixar ele apagar a lara, depois penso pronde vou. ~

Ele me disse

que havia deixado seu coração aos meus cuidados, e tudo que pudi fazer foi uma cara de boba. Sabe como é, sou meio desastrada, eu ando batendo nas paredes, me perco dentro de casa e minha cabeça não é das melhores, ao confiar seu coração à uma pessoa assim, a loucura é certa. Vamos nos afogar nesse mar de insanidade? Segura bem a minha mão, porque já nem sei se meu coração me pertence. x3 ~


- com açúcar e com afeto, de seu doce predileto <3

Breakout!

Oi, eu não me encontro no momento, saia correndo antes que eu volte e quebre sua cara, beijos. :D

Nunca é demais!

"Deixa eu te proteger do mal, dos medos e da chuva
Acumulando de prazeres teu leito de viúva"


e eu fiquei a ver navios, ele se foi, ele precisava ir. Ah eu preferia que você vagasse por ai como um cadáver, eu sou louca, sou egoísta, não me importa de que jeito, te quero mesmo que morto. E com esse conceito, coloquei força em minhas mãos desesperadas e observei-as misturando-se com a terra. A dor era irrelevante, eu cavava mais e mais até que uma unha se quebrou e eu soube que havia chegado no caixão. Não sabia que horas eram, quantos dias tinham se passado desde a sua morte, seriam segundos ou anos? Talvez décadas, mas o que eu sabia é que estava a centímetros de você e, por segundos, foi o que bastou para que abrisse seu caixão. O cheiro, que deveria ser de podridão, pareceu como um buquê de rosas numa manhã de domingo. Era delicioso e doentio. Seu rosto parecia como da primeira vez em que te vi, tão jovem, ou eram as drogas daquela terça-feira à noite fazendo efeito. Não importava, não importava, nenhum som chegava aos meus ouvidos. Era doença, e meu cérebro implorava para que alguém me parasse, pare, isso já passou dos limites, eu sei, mas meus braços não obedecem, o que você vê, não é um cadáver, é ele, e eu sei que você o ama.

Vou ser sincera contigo, querido, afinal, não há o que esconder de um morto. Não é como se você fosse sair espalhando por ai as besteiras que eu já fiz. Querido, quantas besteiras.

Quando você morreu, admito, achei que fosse junto. Não acreditei que teria que conviver com sua morte durante todo esse tempo, “logo será minha vez”, me consolava e acordava no dia seguinte desolada. Mas todos os seres humanos passam por isso, não seria diferente comigo, ainda assim, acreditei que seria o contrário, e tentei cinco formas prazerosas de suicídios. Não vou falar deles agora, sei que vai se irritar se começar com esse assunto. Dizem que é ruim se remexer dentro de um caixão, como disse? Quer que eu o tire daí? Calma rapaz, as coisas só tendem a piorar.

Não agüento narrar a história nos dias de hoje, parece tudo tão besta, então entre na minha cabeça, finja que ainda estamos em plena guerra fria, em meio a adolescentes que não crêem em nada. Finja que em poucos segundos a cidade toda já não existirá.

Sabe,

ontem deitei em minha cama e senti algo diferente. Na inocência, achei que fosse algo bom, forcei as narinas e inspirei tudo que pudi.

Tola, era o seu cheiro que ainda pairava por ali, doía meu peito, me fez lembrar que só o veria depois. Ainda assim, num gesto masoquista, afundei a cabeça no travesseiro e me perdi na inconsciência.

Eu escrevi

algo sem noção de novo. Passei mau a noite toda e briguei para me manter acordade. Deitei na cama passei ainda mais mau. Acordei com dores, e queria que não existissem dias de semana. A mandioca que eu to comendo tá um lixo, mas em compensação, a carne tá uma delicia. Argh, sonhei com vocês. Foi tão triste acordar sozinha.

I wanna do real bad things with you!

Empolguei, animei, vamos ver se esse seriado eu consigo acabar, a abertura não sai da minha cabeça, será que vou enjoar fácil? Enfim, to ficando com sono, a dor de cabeça não passa e acho que vou morrer, mentira, nem vou. /hum

O alívio é

algo engraçado e vem com o tempo. Seja um dia nublado, ou um sol do cão, o vento vem trazendo a calmaria, te faz respirar mais fácil, mas o preço a pagar, talvez seja a dor de cabeça pelas lágrimas derrubadas, mas vale a pena, eu acho. Fazia tempo né? Eu nem sabia como reagir, a vontade era sair correndo, mas fui agarrada, tudo bem, eu me agarrei depois. O mundo ainda tá nas costas, mas de certo modo, um pouco mais leve. Respirar fundo, dar um passo de cada vez, eu tenho um acompanhante, eu tenho uma criança perdida como eu, chegar à algum lugar ou em lugar nenhum, tanto faz. Vou respirar bastante, isso basta. Nem me lembro o que escrevi, era triste? Era alegre? Eu queimei os fatos, não me lembro do resto, era importante? Mudaria sua vida? Ah, nem me lembro o que escrevi.