quanta besteira,

aquilo era mesmo um inferno. Em última análise não me parecia tão ruim assim ficar cego, não é mesmo José Costa?

Em algum lugar por aí, por alí, tem uma trilha ai embaixo? Preciso de um lugar seguro, não, não! São muitas escolhas! NÃO! A cabeça ainda é minha! Não insistam, eu ainda preciso respirar, não! Não tirem meu oxigênio, eu preciso sentir, seja lá o que isso for! Meu Deus, como posso acreditar tanto nisso tudo?! Eu sou sã, ao menos uma pergunta tem resposta? Qual era mesmo ela?

Como pode, como pode?! Era seguro quando eu cheguei, você não faz idéia! Meu Deus, vende estes olhos, eles já não fazem tanta questão de enxergar o que está em sua frente, mire apenas o futuro e taque os pés um na frente do outro, trombe nos postes e deixe que sua respiração se esgote. Se no fim, ao ser desvendada você jamais voltar a enxergar, pronto menina, trabalho feito. Caso contrário, se voltar a ver tudo, e ainda assim houver ausências, sinto em dizer, que sua vida chegou ao fim, vamos fingir que não somos humanos de novo?

Como posso fingir isso, com toda essa paixão?