como faz, não aprendi direito. Nas noites ensinaram-me a dormir, cobriram-me com um cobertor grosso, que era pro frio não me congelar. Deitavam ao meu lado, sobre o cobertor, preocupando-me imensamente. Qual era o ponto da questão? Eu era mais frágil, por isso ficava embaixo do cobertor. Tinha que dormir mais cedo que meus irmãos, o mais velho já sabia o que fazia, e dizia-me que um dia poderia dormir quando quisesse também. Mentiroso, teimaram e continuaram a pegar em meu pé. Eu sou um bom exemplo, é o que todos dizem, sem mim, o que será da outra? Ela deveria se sentir mau em minha presença, ou ver-me e desejar ser como eu. Eu não gosto disso, mãe, eu já lhe disse, não quero ser sua.
Os professores vivem dizendo que a hora é agora, temos que dar tudo de nós e decidirmos nosso futuro. Eu não quero essa mesmisse pra mim, pai, eu quero escolher algo que ninguém faça, quero morrer pobre, quem sabe, ao lado de alguém que me ame. Desejo ter filhos, mas não sei se lhes desejo esse mundo em que vivo. Tira isso de mim, se sabes do que eu preciso, então vai, me deixar ser feliz. Ensinaram-me a como ir dormir, mas não me ensinaram a perder a consciência. Será que eu não consigo fazer nada?
Sua hora nem sempre é a mesma do resto do mundo. Nem pense, peça um tempo. O tempo está aí pra isso, quando decidir a gente se vira.
ResponderExcluirTalvez eu morra pobre também, mas posso estar do seu lado?
Posso tentar do sue lado mostrar às crianças um mundo diferente do nosso?
levante e chute-