terça-feira, junho 29
Toda mulher
Qual o problema em ser inteira, e ser taxada de boba?
segunda-feira, junho 28
the final cut;
And far from flying high in clear blue skies
Dial the combination, open the priesthole
There's a kid who had a big hallucination
terça-feira, junho 22
Fim dos tempos
Disparada pelos corredores da casa a menina foi em direção aos berros da mãe que via televisão na sala.
- Que houve mãe? - Disse ainda meio afobada.
- Disseram na TV que o mundo acaba depois de amanhã. - A mãe permanecia com a mesma expressão serena, como se tudo fosse óbvio demais. - Acredita? Esperei por esse dia durante cinquenta e seis anos. Vivi durante todo esse tempo em função do mundo e, de repente, ele resolve acabar.
Os argumentos explodiam na ponta da língua da filha, mas pouco importavam agora perante a notícia. Poxa vida, o fim do mundo. E não é que o mundo realmente explodiria e a levaria junto? Enquanto ela só vivera treze anos, treze anos e tudo ia acabar. Achou aquilo um pouco sacana, o que ela tinha feito de errado? Enganara a mãe para ficar até mais tarde em seu quarto lendo livros no escuro? Errara muitas questões de matemática? Mas pensou melhor, e descobriu que tudo aquilo na verdade era só enganação. Não o fato de tudo explodir, o mundo realmente acabaria. Mas sim o fato de ter feito tudo em vão.
Em vão, então descobriu que talvez esse fosse o sentimento da mãe.
- Eu vou respirar o máximo que puder. - A filha, de olhos arregalados, falou para mãe.
- Acho que quero morrer dormindo ao lado do seu pai.
- Eu não tenho com quem morrer. Vou morrer sozinha. - Foram só treze anos, e a forçaram a escolher com quem morrer. Não chegara nem aos quinze, então talvez ficasse só como poeira cósmica.
- Que horror filha. Você vai morrer com a gente. - Deu um sorriso sincero que a filha sabia muito
bem o que significava.
- Não não mãe, vou morrer sozinha por nunca ter ido embora. - Fez uma pausa e puxou novamente o ar. - Não me forcem a morrer acompanhada. Se não vão pensar que eu quis ficar aqui.
segunda-feira, junho 21
Ai meu
Eu não quero!
quinta-feira, junho 17
e eu não sonho mais
Hoje eu sonhei contigo, tanta desdita, amor nem te digo
Tanto castigo que eu tava aflita de te contar
Foi um sonho medonho desses que às vezes a gente sonha
E baba na fronha, e se urina toda e quer sufocar
Meu amor vi chegando um trem de candango
Formando um bando mas que era um bando de orangotango pra te pegar
Vinha nego humilhado, vinha morto-vivo, vinha flagelado
De tudo que é lado vinha um bom motivo pra te esfolar
Quanto mais tu corria mais tu ficava, mais atolava
Mais te sujava, amor, tu fedia, empesteava o ar
Tu que foi tão valente chorou pra gente, pediu piedade
E, olha que maldade, me deu vontade de gargalhar
Ao pé da ribanceira acabou-se a liça e escarrei-te inteira
A tua carniça e tinha justiça nesse escarrar
Te rasgamo a carcaça, descendo a ripa, viramo as tripas
Comendo os ovos, ai, e aquele povo pôs-se a cantar
Foi um sonho medonho desses que às vezes a gente sonha
E baba na fronha e se urina toda e já não tem paz
Pois eu sonhei contigo e caí da cama
Ai, amor, não briga, ai, não me castiga
Ai, diz que me ama e eu não sonho mais
terça-feira, junho 15
two step ~
você sabe disso antes mesmo de imaginar.
segunda-feira, junho 14
Fácil
- Cuidado ai, vou acabar que nem a privada.
- Não vou te rasgar toalha fresca.
As semanas são menos solitárias, não mais de cliente em cliente, rotina querida, achei companheiros peculiares. Espere até conhecer minha privada. Se vocês tivessem consciência desse mundo, talvez pirassem.
~ homenagem a mesa do skall pls ~
domingo, junho 13
~ Pra longe;
"Adoro essa sua cara de sono
E o timbre da sua voz
Que fica me dizendo coisas tão malucas
E que quase me mata de rir
Quando tenta me convencer
Que eu só fiquei aqui
Porque nós dois somos iguais
Até parece que você já tinha
O meu manual de instruções
Porque você decifra os meus sonhos
Porque você sabe o que eu gosto
E porque quando você me abraça
O mundo gira devagar
E o tempo é só meu
E ninguém registra a cena
De repente vira um filme
Todo em câmera lenta
E eu acho que eu gosto mesmo de você
Bem do jeito que você é."
Nem sei o que dizer. Queria voar. ~~
terça-feira, junho 8
tinha uma moça,
Perdoa por favor, eu sei que o erro aconteceu
Mas não sei o que fez tudo mudar de vez
Onde foi que eu errei
Eu só sei que amei, que amei, que amei, que amei
Será, talvez, que minha ilusão
Foi dar meu coração com toda força
Pra essa moça me fazer feliz
E o destino não quis
Me ver como raiz de uma flor de lis
E foi assim que eu vi nosso amor na poeira, poeira
Morto na beleza fria de Maria
E o meu jardim da vida ressecou, morreu
Do pé que brotou Maria
Nem margarida nasceu"
... que cantava isso no começo do ano. eu aqui, morta de saudades sem nem saber o que fazer.
segunda-feira, junho 7
Nostalgia barata!
"Por mais um dia, agonia, pra suportar e assistir
Pelo rangido dos dentes, pela cidade a zunir
E pelo grito demente que nos ajuda a fugir
Deus lhe pague
Pela mulher carpideira pra nos louvar e cuspir
E pelas moscas-bicheiras a nos beijar e cobrir
E pela paz derradeira que enfim vai nos redimir
Deus lhe pague"
domingo, junho 6
A shelter from pigs on the wing;
quarta-feira, junho 2
terça-feira, junho 1
in the shade
"We would be so happy you and me
Darling you got to let me know!
"Goodbye cruel world
I'm leaving you today
Goodbye, goodbye, goodbye
Goodbye all you people
There's nothing you can say
To make me change my mind"
Sossegue o cu. Meu Deus, não conseguem nem fazer isso? No fundo, o que importava não era que vocês se amavam?!
Goodbye"