quarta-feira, setembro 10

Fatos Acima de Tolices

"Você é um fato, tolice ignorar"

(ok, então, acho que essa é a última chance. Respira fundo e se prepara para a sensação mais longa e inesperada, aquele breve momento em que você espera a queda, mas nada parece acontecer.)

Então... Eu consigo lembrar a minha linha de raciocínio até hoje. Sempre que eu pensava em dar um passo a diante, em confiar mais um pouquinho em você, de repente, mas tão de repente, eu me sentia tão pequena, eu me sentia tão sem importância... Como se o resto do mundo inteiro... Não... Como se meras aparências fossem mais importante do que o fato de que eramos amigas.

Mas essa sou eu sendo injusta de novo e de novo e de novo, porque, por algum motivo, de uns tempos pra cá, eu comecei a ficar realmente irritada. Talvez porque... 

Talvez porque eu tenha achado um lugar entre pessoas que realmente me entendem e que se preocupam tanto comigo. Porque eu tenho do meu lado a pessoa mais compreensível e sensível do universo, que ao dizer algo que muitos nem perceberiam que me machucaria ele se da conta e me pede desculpas. E toda vez que nos encontrávamos, eu não sei, parecia que você era tudo menos isso. E toda vez me dava um medo... De que aqueles que eu finalmente tinha encontrado se virassem contra mim e decidissem que você era melhor e... Adeeeeuuussss Hanna, quem disse que a gente precisava de você?

É, pois é. Estúpido pra caralho. Mas acho que desde aquela primeira vez em que senti ciúmes do Aka, que eu me descobri uma pessoa extremamente insegura e ciumenta do que eu considero meu, eu me sinto desconfortável perto de você. E por isso, de novo, eu sinto que fui e continuo sendo injusta com você. 

(caraca, quase desisti aqui. me distrai por um segundo colocando uma música e quase fugi)

Sabe, a minha intenção era 'keep going and going' sobre esse assunto. Mas acho que tudo poderia se resumir com um... Sei lá? Desculpa. É, não era um sei lá. Tudo que eu gostaria de dizer é desculpa.

Eu não sei se ainda temos muito em comum... E sei que não temos contato e sei que é impossível esquecer o passado e simplesmente 'hang out like the old times'. 

Mas eu te adoro, de verdade, no mais literal sentido da palavra. Apesar de todos os meus medos e inseguranças eu te adoro. Por isso, de novo, desculpa.

E eu sei que você sabe que é com você e você provavelmente vai ler isso aqui porque eu aprendi a ser stalker contigo. Quer dizer, não sei QUANDO você vai ler, mas com certeza vai ler (eu espero).

Mas o que realmente queria dizer é: quando vai tá em Ribeirão? Queria sair com você. Olha, mas dessa vez SÓ nós duas. Sério, sem ninguém ou é capaz de o meu lado babaca e injusto atacar e eu estragar tudo de novo.


Ah, by the way, meu número ainda é o mesmo.

Ps: Quando comecei a escrever esse texto pensei nesse título: "por todas aquelas tardes em que eu amei desperdiçar acordando tarde e vendo televisão com você sem nenhum motivo aparente". Mas quando tudo terminou (o texto no caso), não conseguia pensar em qualquer outra frase.

só mais uma coisa.

os anos passaram e continuam a passar e eu tenho sentido isso faz algum tempo. quer dizer, não há quem culpar nessa história, acho que é meio uma característica da vida, ou sei lá...

o que importa é que as palavras daquele velho senhor, que viu uma beleza tão distinta em nossa amizade ficou perdida no tempo. esfarelou-se como tantas outras escolhas que fiz.

não posso dizer que me arrependo delas. é, não posso mesmo. se hoje consigo dizer que sou uma pessoa feliz por trás de toda a melancolia e solidão, que ainda insistem em agarrar meus calcanhares, é por causa dessas benditas escolhas.

isso não quer dizer que não sinto falta de tudo aquilo. mas ai também... acho que é exigir demais do meu orgulho, não é mesmo?
revivendo esse pobre coitado porque ontem eu achei uma música engraçada e que ativou todo o meu lado meio supersticioso.



Twenty-six years old and lost
Ever more disillusioned
She comes to a point where she no longer knows
What nonsense to hold on to